Dar o peixe ou ensinar a pescar?
O elevado número de brasileiros vivendo em condições de extrema pobreza gera impactos impossíveis de se ignorar. Segundo os dados do Censo 2010, divulgado pelo IBGE, são cerca de 16,2 milhões de brasileiros sobrevivendo apenas com uma renda mensal abaixo de R$70, aproximadamente, um pouco mais de R$2,00 diários. Portanto, que serviços o governo deve oferecer para essas pessoas e quais são as melhores medidas para gerar um "Brasil Sem Miséria"?
Pode-se perceber, apenas com uma análise parcial, que grande parte da pobreza no Brasil está atrelada a pouca escolaridade dos trabalhadores que, na grande maioria dos casos, são obrigados a aceitar trabalhos cujo rendimento é baixo e instável. A solução para erradicar ou ao menos amenizar essa situação pode parecer óbvia e tentadora: Investir em cursos profissionalizantes e numa melhora da qualidade de ensino no sistema de educação pública, além de gerar novos empregos direcionados a essa especifica e, muitas vezes, ignorada parcela da população. Aos olhos de muitas pessoas, a ideia de investir na educação e em gerar novas oportunidades de trabalhos é considerada bem mais sensata do que criar programas de transferência de renda, e de gêneros semelhantes ao Bolsa Família.
É bastante claro que, realmente, a sociedade brasileira merece melhores oportunidades para ascender socialmente e buscar melhorias em sua qualidade de vida. Entretanto, a grande questão não é apenas entender qual o grande causador da miséria brasileira, mas descobrir como aplicar a solução mais adequada. Visto que os investimentos na educação e na formação de trabalhadores especializadas são projetos feitos a longo prazo e que, até que consigam ser corretamente elaborados e aplicados, a melhor maneira de amenizar os impactos da pobreza é o oferecimento de programas sociais. Concluímos então, que o melhor a fazer é dar o peixe enquanto ensinamos a pescar.
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