Ainda crianças já começamos a ser manipulados pela mídia, ela nos fascina e faz com que ascendamos iludidos, acreditando que tudo o que vemos nos noticiários e jornais é confiável, ela nos faz crer que nossa vida depende das informações que temos acesso. Mas, todos crescemos, e com isso, passamos a investigar mais as coisas, descobrindo que, assim como tudo, o jornalismo faz da informação um produto que, como qualquer outro, se torna negociável, o que vem a ser um risco à confiança plena.
De qualquer maneira, a verdade é uma só: Todos precisamos de informações. No atual mundo "civilizado" e "globalizado" que vivemos, não há espaço para os desinformados. Não temos como sobreviver sem saber o que está acontecendo a nossa volta, e queremos saber mais do que simplesmente o que se passa em nosso bairro, em nossa cidade, em nosso estado, em nosso País.Temos a necessidade de conhecer sobre fatos importantes do mundo todo e, muitas vezes, nos pegamos querendo saber, inclusive, supérfluos, os triviais fatos da vidas alheias e até mesmo os mais corriqueiros detalhes da vida de pessoas que nem conhecemos. Isso se tornou um vício, queremos saber sobre tudo, e em tempo real. Queremos saber primeiro. Queremos chegar em uma roda de amigos e contar algo que eles ainda não sabem. E compramos revistas, assinamos jornais, lemos blogs diversos na internet, lemos e-mails de amigos mais confiáveis, discutimos nas redes sociais, lemos as principais postagens, postamos as principais novidades que garimpamos em algum cantinho de ciberespaço. Somos assim, queremos mesmo falar e saber sobre tudo. Nossa curiosidade é gigantesca. Essa mesma curiosidade que fez a sociedade evoluir. Mas, será que isso é a evolução?
A luta entre as mídias para ter credibilidade; a sede por ibopes, por audiência, por acessos, faz com a qualidade do que é produzido seja feito cada vez mais de maneira superficial. Não importa a relevância a informação. Não, o que é interessante é saber que um grande número de pessoas acompanharam a publicação. Fomos adestrados a darmos atenção desnecessária a divulgações que não trazem nada de positivo para a vida em sociedade. E, divulgamos, e repetimos, damos cobertura total. Uma pena a mídia não perceber que acima de ibopes está o equilíbrio dos valores milenáres que deveríamos presevar na sociedade. Uma nota sobre um crime tudo bem, mas uma semana, um mês; isso já é uma agressão. Um lamentável e triste engano cometido em nome da audiência. Realmente uma pena que a mídia não tenha consciência de seu papel para a construção de uma sociedade mais consciente; bem informada, porém nunca deixando de lado as verdadeiras e necessárias informações em nome de trivialidades que apenas afastam o cidadão dos verdadeiros e reais problemas da sociedade que se diz moderna. 
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